PROFESSORES EM GREVE E ESCOLAS SEM AULAS
Os professores protagonizam, desde
segunda-feira (9), greve em todas as escolas públicas e comparticipadas em todo
o país.
O
Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF) convocou uma greve que teve início
no dia 9 do corrente mês em todo o sistema geral de ensino, afectando as
escolas públicas e as comparticipadas nas quais alguns docentes são efectivos,
e poderá ter apenas o seu fim no dia 27 em todas as províncias do território
nacional, caso o Ministério de Educação (MED) não se pronuncie de modo a
satisfazer a classe profissional. A
greve deveu-se às reclamações que os docentes, através do SINPROF, têm
vindo a fazer ao MED quanto aos acertos de categorias, pagamentos de subsídios,
aumento e atrasos salariais, num esforço que se traduz na implementação do Novo
Estatuto da Carreira Docente para um salário digno.
Ainda
antes da realização da greve, o MED divulgou um comunicado no último domingo,
exortando os professores a cumprirem os seus deveres laborais, porém a greve
decretada pelo SINPROF acabou mesmo por acontecer, atingindo uma adesão acima
dos 90 por cento. O comunicado divulgado pelo MED pretendia evitar este
cenário. O MED refere ter-se reunido a 6 de Abril com os representantes do
SINPROF aos quais apelou à observância do sentido patriótico e profissional, no
entanto o encontro acabou por não reproduzir nenhuma mudança nos planos da
greve.
Neste momento, tudo se
encontra paralisado. Com a suspensão das aulas, perspectiva-se vários
transtornos dos quais o incumprimento dos objectivos do programa curricular do
MED para o presente trimestre. Várias vozes levantam-se em torno deste drama,
mas a verdade é que a classe docente já vem reclamando ao MED há algum tempo.
Com a greve, é tempo de valorizar o sacrifício dos que ensinam e dão o seu
melhor para a formação dos futuros da Nação, assim defende o SINPROF.
Por: JOÃO CLÁUDIO BUNGA